🏁Já ouviste falar no "jogo interior"?

 🏁 Eu não ligo muito a este desporto, mas tenho visto uns vídeos do Miguel Oliveira a falar e as suas palavras têm-me inspirado imenso. O jogo interior que ele faz é altamente aplicável a nós, músicos, ao jogo interior da música; ou aplicável a qualquer outro desporto ou arte performativa. E é igualmente um orgulho enorme pelo feito que ele realizou e a inspiração que me traz; Pela sua garra, persistência, foco, perseverança, resiliência e obstinação. Todo um leque de palavras que ele utiliza - e bem - e que coloca realmente em prática. São tudo coisas metafísicas que nós músicos, também realizamos aquando de uma performance/exame, etc. E o "segredo" do Miguel é exatamente isto: o jogo interior, o foco que ele tem, os objetivos que ele ambiciona para si, o querer saber tudo sobre a sua área, e o facto de se focar naquilo que verdadeiramente importa quando começa uma corrida. Tudo o resto à volta é "barulho que desliga", como para nós, o que importa no momento somos nós e a nossa música. Tal como para o Miguel, no momento interessa apenas ele, o "barulho do motor e a pista.".

🏁 Há que saber gerir as nossas expectativas e equilibrá-las com os medos - sim, quem tem ambições tem equiparadamente medos e receios - e fazer com que a nossa vontade de atingir essas mesmas ambições seja maior do que o medo é um processo nada fácil, mas não é impossível. Porque se deixamos que o medo venha ao de cima, entregamo-lo e não a nossa real vontade àquilo que queremos fazer ou atingir - quando isto acontece, logo depois surge a frustração porque sabíamos que não era este o desfecho desejado. É certo que o nosso percurso "não é uma estrada em linha reta, é uma estrada com muitas curvas, muitas delas bastante acentuadas (...) mas são essas dificuldades que nos dizem que estamos no caminho certo."
🏁 Há um livro, cujas ideias eu quero desenvolver um dia mais tarde aqui na página e que vai muito ao encontro disto, que se chama The Inner Game of Music de W. Timothy Gallwey e Barry Green. É um livro que fala exatamente do jogo interior que nós fazemos, seja em performance, numa simples aula ou no nosso estudo diário individual. Fica para breve 😉




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